quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Eu e o meu coração em uma guerra constante...



Travei uma dura guerra contra o meu coração.
Descobri que meu coração estava mais duro que uma pedra e que minhas forças estavam se esvaindo sem que eu pudesse perceber.
Como chegou a esse ponto?
Foram anos engolindo sapos, sendo decepcionada por pessoas de confiança, sendo traída por aqueles que se diziam amigos, sendo ofendida por aqueles que dizem "amar a Deus"...
Nunca perdi tempo discutindo ou revidando palavras ofensivas.
Afastar... Ficar beeeem longe é o remédio que sempre usei.
Não é fácil!
Minha fé não é abalada diante dessas situações!
Já o meu coração...
A guerra ontem foi dura e cheguei a pensar que seria meu fim.
Lutei até a última gota e graças a Deus, fui vencida!
Sim! Fui vencida.
Havia dentro de mim um desejo de vingança. Pois é! Vingança.
Pagar o mal com o mal.
Agir com raiva sem se importa se o que me fez mal iria sofrer ou ser prejudicado.
Nunca pensei que fosse sentir ódio até que há tempos, pouquíssimo tempo lançaram a semente e eu permiti que nascesse em mim essa erva daninha.
A alma geme e não há grito que resolva...
Os meus gritos são silenciosos, outras vezes, surgem em formato de lágrimas.
Dei por mim que tinha sido nocauteada com uma conversa rápida com meu pai no telefone:

- Filha, eu sei de tudo mas, mesmo assim, não devemos pagar o mal com o mal.

Senti meu corpo anestesiar...
Meus olhos encheram de lágrima.
Lá estava eu, com o meu "eu" no chão.
Fui pra cama e fiz algo que há tempos não fazia: me rasguei.
A minha prece parecia uma faca que ia rasgando de alto a baixo tudo que eu sou.
Cada palavra sussurrada era carregada de dor.
Mas fui até o fim.
Não podia parar no meio do caminho.
Meu coração ainda sofre com a cicatriz mas, estou mais leve.
Subi um degrau como se tivesse subido um pico íngreme e de uma altura quase impossível.
E nessa minha humanidade carregada de erros e falhas ainda encontro QUEM me conhece muito bem e não me julga ou aponta as minhas fraquezas mas NELE encontro AMOR.
Amor esse que me despedaça, constrange e traz a minha memória o quanto sou pequena e frágil (embora procuro sempre demonstrar ser forte).
Não sou forte...
Mas na minha fraqueza descubro que ELE é forte em mim.
E é por ELE que continuo...
E com ELE vou vivendo e aprendendo até o fim...

Quem disse que é fácil?


2 comentários:

  1. A primeira parte sou eu hoje, ando rígido como uma Rocha, mas tenho fé que isso vai mudar um dia, como eu não sei, mas Deus sabe.
    Lindas palavras que me emocionaram como a muito tempo não acontecia, parabéns Ana, mesmo, Deus lhe abençoe por exalar poesia.

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