segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A fuga das palavras

Há dias em que não as encontro e não adianta procurar...


Não fiquem bravas comigo

Se me calei foi para não usá-las levianamente

Se não pronunciei uma palavra somente

Não foi porque quis desprezá-las

Só não quis 'usá-las'

Respeito sua forma e seu desenho

Respeito seu significado e quem você é

E diante de algumas situações simplesmente me calo

Não. Por favor não fiquem bravas comigo

Não fujam pra longe

Através de vocês posso falar de amor, esperança

São vocês que transformam meus sentimentos em poesias

Entendem o meu motivo agora?

Não. Não fiquem bravas comigo

Não fujam!

Permitam que o silêncio também seja o seu amigo

Há momentos que o nada é tão acolhedor

Não quero dizer com isso que não me sinto abraçada por vocês

Vocês já me emocionaram muito

Já me fizeram rir, chorar, sonhar...

Não fujam...

Sem a presença de vocês me sinto um poço vazio

Não posso saciar minha sede e nem matar a sede do sedento

Não fujam...

Mas, se não há o desejo de voltar respeitarei sua decisão

E minhas mãos não serão mais seus lábios

E meus sentimentos não mais se expressarão

Hei, Palavras! Por favor não fujam...

***
Publicado por mim no Scribe

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