Cantava para um público da minha imaginação
Encenava dramas diante do espelho
Era o silêncio e eu
E, às vezes, um violão
Aprendi o silêncio desde pequena
Nunca soube questionar Tinha vergonha de perguntar
Carregando mochilas de questionamentos
Era o silêncio e eu
E a arte de vagar
Presa na bolha do medo
Mergulhada nas tempestades da insegurança
Travei guerras comigo mesma
Algumas venci e outras perdi
Era o silêncio e eu
Em busca da liberdade usufruir
Viver é caminhar na corda-bamba
Desaguar sobre travesseiro na solidão
Rir das lembranças que marcaram
Procurando guardar o coração
É o silêncio e eu
A companhia que faz enxergar quem de fato, sou!